30 de março de 2011

Como era o sexo na Idade Média?



por Marina Motomura

Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais recatada por causa da influência da Igreja Católica. No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo - exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no assunto era proibido! O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na primeira noite do casamento dela. A datação tradicional da Idade Média vai de 476, queda do Império Romano do Ocidente, a 1453, queda de Constantinopla. Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar todas. "Mas o segundo casamento tem de ter autorização da primeira esposa. Isso foi feito para a mulher não ficar sozinha e desamparada", diz o historiador Claudio Umpierre Carlan, professor da Universidade Federal de Alfenas (MG) e pesquisador da Unicamp.

PROIBIDÃO
Sexo era pecado e deveria ser evitado a todo custo

Paquera
Por volta do século 12, surgiu o chamado amor cortês. Na corte, o cavaleiro levava o lenço da mulher amada. Mas era um amor platônico e infeliz - como os casamentos eram arranjados por interesses econômicos, o cavaleiro e a dama quase nunca ficavam juntos. Os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por meio de retratos pintados a óleo

Posições
Só uma posição era consentida pela Igreja: a missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome porque os missionários cristãos queriam difundir seu uso em sociedades onde predominavam outras práticas. Para os cristãos, ela é a única posição apropriada porque, segundo são Paulo, a mulher deve sujeitar-se ao marido. O recato entre quatro paredes era tamanho que, em alguns lares mais tradicionais, o casal transava com um lençol com um furo no meio!

Masturbação
Para desincentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa época os mitos de que os meninos ficavam com espinhas ou calos nas mãos caso se masturbassem. Se uma menina se tocasse, ou estava tendo um encontro com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A paranoia era tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho era considerado um ato libidinoso

Casamento
A família da noiva, que podia casar logo após a segunda menstruação, pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo, que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos. Mas havia proibições, claro: o papa Gregório I proibiu o casório entre primos de terceiro grau, e Gregório III proibiu a união de parentes de até sexto grau!

Ciência
A anatomia não evoluiu muito na era medieval, mas os conhecimentos técnicos para evitar o sexo, sim! Não há consenso entre os historiadores sobre a invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405. Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que permitiam urinar, mas não copular. Também foi inventada a infibulação, técnica de costura da vagina para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal quando ele viajava

Homossexualidade
A relação homossexual era chamada sodomia e era crime com pena de morte, além de ser considerada heresia pela Igreja - os homossexuais poderiam até ser queimados em fogueiras. No Oriente, era aceito - mas na surdina. Por exemplo, em exércitos em guerra, era preferível a relação entre soldados do que recorrer a prostitutas

Prostituição
Como os homens não podiam ter prazer com as esposas, com quem só transavam para procriação, a procura por prostituas era grande. Ao mesmo tempo em que eram malvistas pela sociedade e pela Igreja, as profissionais do sexo tinham que doar metade de seus lucros ao clero - foi o que instituiu o papa Clemente II (1046-1047)

Pecados
Segundo a suma teológica de são Tomás de Aquino, documento escrito de 1265 a 1273, havia dois tipos de pecado pela luxúria:
- Pecado contra a razão
Fornicação e adultério, por exemplo
- Pecado contra a natureza
São os pecados que contrariam a ordem natural do ato sexual. Aí se incluem masturbação, sexo com animais, homossexualidade e a prática antinatural do coito. Leia-se: não podia ser feito sexo em orifícios não naturais (boca e ânus), mesmo que fosse entre marido e mulher!

28 de março de 2011

IFPB Lança edital para programas de assistência ao estudante. Veja as vagas para o Campus Picuí:

Estão abertas, até o dia 15/04, as inscrições para os programas de Alimentação, Moradia, Transporte e Iniciação ao trabalho para estudantes dos nove campi do IFPB. O programa visa atender a alunos em condições de vulnerabilidade social. Acesse aqui os editais.

Para o programa de alimentação, estão sendo oferecidas 1.960 vagas em todos os campi, com exceção de Picuí. Já o programa de moradia estudantil, que visa assegurar ao estudante migrante as condições de acesso, permanência e conclusão do curso, estão sendo oferecidas 281 vagas, em todos os campi, com exceção de Cabedelo e Picuí. Para os programas de Transporte e Iniciação ao Trabalho são 385 e 518 vagas, respectivamente. Os campi de Cajazeiras, Picuí e Princesa Isabel não disponibilizam o auxílio transporte.

De acordo com a Chefe do Departamento de Assistência ao Estudante, Eliene Estevão, todos os alunos que se encontram em condições de vulnerabilidade social que estejam regularmente matriculado e frequentando os cursos presenciais podem se inscrever nos programas. Serão admitidos no programa estudantes que comprovem renda familiar de até 1,5 (um e meio) salários mínimos.

Os candidatos serão avaliados de acordo com critérios socioeconomicos, tais como:

  • Renda familiar.
  • Número de dependentes.
  • Despesas da família com moradia.
  • Distância do domicílio de origem.
  • Situações de doença na família.
  • Situações de desagregação familiar

Os programas oferecidos pelo IFPB fazem parte do Plano Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), promovido pelo Governo Federal, que visa dar subsídios à permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação presencial das instituições federais de ensino superior (Ifes), contribuindo para a melhoria do desempenho acadêmico.


*Patrícia Nogueira – Jornalista do IFPB

27 de março de 2011

Fies para o ensino técnico, confirma ministro.


O ministro da Educação, Fernando Haddad, anunciou nesta quarta-feira que o projeto de lei que criará o Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec) será enviado ao Congresso Nacional nas próximas duas ou três semanas. O projeto incluirá a extensão do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), hoje restrito à graduação, para cursos técnicos de qualificação profissional.

Inicialmente, a proposta do Pronatec era oferecer cursos de qualificação profissional a alunos do ensino médio, mas o projeto deverá incluir também capacitação para trabalhadores que já estão no mercado e expansão das escolas técnicas federais.

Segundo o ministro, empresários que tiverem interesse em oferecer capacitação a seus funcionários também poderão contratar o Fies, que tem uma taxa de juros mais baixa. "É um programa muito abrangente, muito forte, que, certamente, dialogará com a demanda importante da juventude que é de valorização do ensino médio", afirmou Haddad.

O ministro participava, na Câmara dos Deputados, da primeira reunião da Comissão de Educação e Cultura (CEC) deste ano.