6 de julho de 2011

PBvest começa neste sábado


As aulas do Pré-Vestibular Social do Governo do Estado (PBVest 2011), começam neste sábado (9), em 19 cidades. Nesta quinta-feira (7) a partir do meio-dia, no portal do Governo do Estado (www.paraiba.pb.gov.br/educacao), será publicada a relação dos aprovados na seleção, bem como nos murais das escolas onde serão realizadas as aulas.

Os quatro módulos do curso estão sendo impressos na gráfica do jornal A União e o volume I já está pronto e sendo entregue à Secretaria da Educação. São 5 mil exemplares.

Em Picuí as matrículas estão realizadas desde quarta feira (06/07) na Escola Professor Lordão.
Com 208 páginas, o módulo I do PBVest 2011 contém aulas e questões de química, física, geografia, gramática, literatura, biologia, matemática I e II, história, espanhol e inglês. A coordenação do projeto é dos professores Américo Falcone (coordenador geral), pela Secretaria da Educação; Terezinha de Jesus Costa, pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e Caio A. Pereira de Almeida, sub-coordenador.

De acordo com o secretário Afonso Celso Scocuglia, o PBVest é mais um instrumento de inclusão social de milhares de jovens e adultos que freqüentam o ensino médio da rede estadual.
O cursinho é realizado em parceria da Secretaria da Educação com a UEPB, que está disponibilizando sete dos oito campi para a realização do curso. Os documentos exigidos para a matrícula são os seguintes: declaração da escola em que está cursando a 3ª série do Ensino Médio ou certificado de conclusão da escola pública onde concluiu os estudos; duas fotografias 3×4 recentes coloridas, de fundo branco; RG e CPF.

Confira lista dos novos aprovados aqui

Secom PB


4 de julho de 2011

Aluno do Lordão é 1º Lugar no MISA/UFCG

Professora e aluno do Lordão destacam-se como os únicos da rede pública estadual a vencer o prêmio do MISA/UFCG e terão trabalho publicado pela UEPB.

Nesta segunda ( 04/07) o aluno Djair Alves da Mata e sua professora Jeanne Medeiros foram homenageados pela UFCG, através do Museu Interativo do Semiárido (MISA), pela seleção de seu trabalho “ É possível viver no semiárido”. O PRÊMIO EXPEDIÇÃO DO SEMIÁRIDO em sua segunda edição teve como objetivo estimular o conhecimento sobre a região do Semiárido, no intuito de se combater a premissa de que a mesma é sempre uma “região-problema”. Djair foi único aluno da rede pública estadual entre os selecionados, teve a melhor nota entre todos e terá sua redação publicada pela editora da UEPB.

Djair Alves da mata é o filho mais velho de Jailma Alves da Mata e Damião Macedo da Mata que residem no sítio Lagoa do André, zona rural de Picuí. Aluno de escola pública teve como sua primeira professora, Heliene na Escola Municipal Governador Flávio Ribeiro no bairro Monte Santo. O ensino fundamental cursou na Escola Municipal Ana Maria Gomes, onde participou de várias oficinas de produção textual com a professora Jeanne. Foi um dos alunos aprovados para a Escola Agrícola Vidal de Negreiros da UFPB em Bananeiras. Preferiu estudar na Escola Professor Lordão, onde reencontrou Jeanne.

Uma de suas produções, ainda como aluno da Escola Ana Maria Gomes, escreveu uma crônica onde explicava a origem do nome do lugar onde mora: Lagoa do André. Como aluno do Lordão manteve-se aplicado em suas atividades, sempre sedento de saber. Quando soube do Concurso do MISA foi um dos primeiros a procurar orientação. Em seu trabalho, Djair diz que queria “ tirar a imagem negativa sobre o semiárido”. Para tanto recebeu orientação dos professores de geografia: Ciderley Melo e Ozeneide e língua portuguesa Jeanne Medeiros. O trabalho foi reescrito quatro vezes até a versão final que foi enviada. Ele afirma que não tinha expectativas de ganhar.

Djair mora no Sitio Lagoa do André, acorda às 5:30 para “pegar o carro” e vir para a Escola Professor Lordão, na qual cursa a 1ª série B do Ensino Médio. Chega em casa por volta das 14:00, almoça e vai para trabalhar na extração mineral ( caulim) com seu pai. A noite revisa os conteúdos para a aula do dia seguinte. Antes, ainda sem eletricidade em casa estudava a luz de lamparina. Djair diz que seu sonho é ser o 1º da família em se formar e pensa em fazer direito ou ser professor.

Djair é um exemplo de vida! É resultado de seu empenho, da educação de seus pais, do trabalho das escolas e da dedicação de seus professores. Parabéns Djair, mais um aluno picuiense que honra a terra do professor Felipe Tiago Gomes

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3 de julho de 2011

De Picuí a Ferreira Gullar: Wellyson Marlon


Leia o Poema d0 picuiense Wellyson Marlon, ex aluno do Lordão,
que motivou a resposta do Poeta Ferreira Gullar:



PULSÃO ESTELAR: VIDA
(Depois de ter assistido o poeta Ferreira Gullar em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura. Em 28/02/2011)


Para Ferreira Gullar e Kauã Nícolas

“Pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e ao desamparo, acender uma luz qualquer. Uma luz que não nos é dada, que não desce dos céus, mas que nasce das mãos e do espírito dos homens”.

Ferreira Gullar



Alguns dias
trazem – naturalmente –
em seus bojos (a me levarem junto)
uma depressão habitual
não-periódica que dentre flores (açucena e jasmim)
feito clitóris me excita
encara consome mas não
me subestima antes
dialoga comigo.

Quando em paralelo,
kauã – de um aninho de vida
lindo e gostoso riso – procura algo
a mexer com encantamento (em plena
avenida castelo branco na via-láctea) e encontra
o livro de poemas do gullar
– um lampejo entre mãos inocentes –
para descobri-lo na sua essência
não para rasgá-lo (sem sequer
saber que
a paixão existe
com sua beleza entre
nuvens e vaginas
pulcras púrpuras pujantes
a encantar ou vulvas
abertas para o sono
para o sonho
para carícias

para a vida
com flores chocolate joias
como presentes
repletos de amor poesia carinho
e corações decorativos,
o doce penetrar
na mulher amorosa
o implacável sistema
a revolução feérica e feroz).
Enquanto
a síndrome do coração-
partido ou crise existencial me invade
feito balé-bolshoi em
uma sensação contrária:
não de cometer autocídio mas
nem de ter outrora havido
em meio frustrações
perplexidades indagações (de hoje? justas?
de deus? da vida?)
do homem (que ama
sonha protesta luta perde vence
tortura-se
suicida-se com um tiro
no peito mas
não morre pois
entra pra história)
em relação à vida
condição humana
existência que num frêmito
aceno não se esvai
assim tão fácil nem difícil
– que faço entre coisas?
– de que me defendo?
pare o mundo que eu quero
descer!
Porém
num clarão surge fúlgido
fúlvido fulgural
numa flutuante flâmula
numa flama flamante flamejante
a cintilar-me:
Ferreira Gullar
– um dos meus heróis
num rol de dois ou três –
o maior poeta
vivo o poema
personificado o
brilhante pensador
meu herói em minha tevê
(entre sons e imagens quase
ao alcance das mãos eufóricas).
É que os poetas são as coisas boas da vida
um dia (não sei bem quando)
me enlouqueci por Gullar (com gula)
– que me perdoem os outros poetas –
até porque
nos apaixonamos pelos poetas
que se parecem conosco:
“a gente escreve para fugir do sofrimento”
“a religião serve para responder a todas as perguntas que não têm respostas”
“o poema surge do espanto”
e que
“a arte existe porque a vida não basta”.
Súbito um estalo de vida
explode em meu coração
numa cintilação intensa
num incêndio esplêndido
num indissipável brilho
num banho de purificação
por sobre meu espírito
meu corpo
num lampejo de sonho
e esperança.


Wellyson Marlon Jr.
Picuí-PB, águas de março, 2011